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12 de mar. de 2024

Escritor Maxwell F. Dantas e seu livro de poesia "A arte do nevoeiro indelével"

 


“Os versos do poeta Maxwell buscam a tempestade e riem da flecha no ar, como escrevera Charles Baudelaire. Ou melhor, transcrevem a ironia da instabilidade do mundo e de suas coisas transitórias, bem como da intangibilidade da percepção de si e do outro, perseguida por nós como tentativa de nos agarrarmos a algo que não nos deixe descer ao Maelström”. 

Kleber Gomes de Brito, professor

“Destaco que o considero um poeta visceral, conduzindo com maestria o intangível das palavras. Transformando o cotidiano em verso e poesia. [...] Mergulhemos, pois, nas páginas desse livro. Encontrando por vezes um poeta que rege a orquestra, esculpindo em transe sua poesia, ou ainda um poeta andarilho, observando o verde-cinza da paisagem, tecendo suas memórias “de uma velha criança ferida, levemente cansada do esforço de sonhar”.

Mirtes Waleska Sulpino, professora e escritora

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Fotos do Lançamento do Livro na 13ª Edição da FLIBO








25 de set. de 2023

A hora da FLIBO, por Lau Siqueira

Lau Siqueira (Imagem: Polêmica Paraíba)

Entre os dias 20 e 23 de setembro acontecerá a décima terceira edição da FLIBO – Festa Literária de Boqueirão, no coração do Cariri paraibano. Região que já revelou talentos imensos ao Brasil, como o poeta Pinto do Monteiro que dizia: “poeta é o que tira de onde não tem e põe onde não cabe”. Ainda não vi uma definição melhor para a essa estranha mania de colocar as palavras na moenda para extrair versos.

A FLIBO faz parte de uma rota cultural muito ativa em nosso país, a rota das feiras literárias. A Paraíba entrou no embalo e já produziu várias feiras importantes e continua produzindo. Cidades mínimas, muitas vezes se destacam pelo trabalho saído dos ambientes escolares para enaltecer a produção literária regional e nacional. Grandes nomes da literatura brasileira já passaram pela FLIBO, a exemplo de Ariano Suassuna, Bráulio Tavares, Maria Valéria Rezende e outros.

Boqueirão deveria ser pesquisada por entidades como o Instituto Pró-Livro que realiza periodicamente a pesquisa Retratos da leitura no Brasil. Quem acompanhou esse movimento em Boqueirão desde o seu nascedouro, pode testemunhar mesmo ainda sem fonte de dados oficiais, alguns impactos evidentes deste evento. Numa cidade com pouco mais de 17 mil habitantes a FLIBO impacta na economia, na cultura e na educação diretamente. Não apenas na cidade, mas na região e no estado.

Lembro de conversar com um jovem na feira de livros da FLIBO anos atrás e ele me dizia da forma entusiasmada como esperava a FLIBO para renovar o seu pequeno acervo. A feira de livros que é realizada anualmente é um dos lugares mais frequentados pelo público. Ou seja: num curto espaço de tempo a FLIBO já produziu um público consumidor de livros na cidade que gerou também uma demanda e o aparecimento de uma pequena livraria. Portanto, mais que formar leitores a FLIBO formatou a vocação da cidade.

A Festa Literária de Boqueirão é vista com admiração não apenas na Paraíba, mas na região inteira e já se inscreve na rota das principais feiras literárias do país. Ainda que com sérios problemas de financiamento para que possa crescer mais ainda. A cidade oferece também a beleza de um dos maiores açudes do Nordeste, o Açude Epitácio Pessoa, e os encantamentos do Lajedo do Marinho. Um belo roteiro, portanto, para um turismo cultural de bom gosto.

Todavia, não se realiza uma feira literária de tamanha grandeza sem uma forte organização social. E há uma instituição vocacionada para isso. A FLIBO é um empreendimento dos escritores locais. Uma obra da Associação Boqueirãoense de Escritores – ABES, com tamanha influência na cidade que por lá foi criada a Praça da ABES, onde acontece anualmente esse acontecimento que dialoga com as mais qualificadas vozes da cidade, do estado e do Brasil.

Já é tempo de vermos esta experiência sendo discutida em Parati e nas grandes bienais e salões do livro do Brasil e do exterior. A ABES nos mostra como fazer uma feira de literatura que funciona como uma política social vigorosa, onde a literatura é vista como um direito humano. Certamente o grande Antônio Cândido adoraria conhecer este fruto do seu pensamento que tanto contribui para a sociedade. Tudo acontece a partir de um profundo diálogo com a Educação.

Conduzido com responsabilidade pela ABES, a FLIBO ganhou a confiança da cidade e vai atravessando o tempo, gestão sobre gestão, se impondo pelos benefícios diretos que traz para toda a região onde, inclusive, já gerou frutos como a FLIBARRA – Festa Literária de Barra de São Miguel. Outra festa literária que tem contribuído diretamente para o desenvolvimento cultural, educacional e humano da cidade.

Publicado em: https://cronicascariocas.com/colunas/a-hora-da-flibo/

3 de ago. de 2023

Associação Boqueirãoense de Escritores define data e homenageado da 13ª edição da FLIBO

 


Com o tema "Leitura, um hábito que muda a vida!", a ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores), anuncia o homenageado e data da tradicional Festa Literária de Boqueirão (FLIBO).
Para a 13ª edição que ocorrerá de 20 a 23 de setembro, a associação prestará homenagem ao escritor Efigênio Moura, escritor, radialista, formado na área de Marketing, escreve romances ambientados no Cariri paraibano e ganha destaque pela valorização linguística e cultural de suas obras.


Efigênio Moura e seu nono livro 'Siá Filiça'. (Por Coletivof8)

O romancista começou escrevendo poemas marginais, enquanto trabalhava como vigilante de banco. Poesias marginais são aquelas que não obedecem a uma métrica e uma rima, mas que tem uma lógica.

Muito tempo depois participou de um concurso em João Pessoa, com o conto da peleja, que fez ao ver uma cena tragicômica de uma mulher esbaforida pelejando para subir a Ladeira da Borborema. Acabou sendo reprovado no concurso, por seu conto ter duas laudas a mais que o permitido. Mas foi da continuidade desse conto que surgiu ‘Eita Gota! Uma Viagem Paraibana’, o seu primeiro livro.

Assim como os “zóio” de Luzia “briavam” (uma de suas personagens), os de Efigênio Moura também “bria” ao escrever sobre a sua região, em descrever as ruas, as estradas, a poeira, as casas, o calor, as plantas, as festividades e tradições da sua terra. De representar a fala do caririzeiro, do homem do campo, como ela de fato é. De priorizar suas origens e de levar o cenário nordestino ao Brasil a fora.

Texto e imagem: @coletivo.f8


24 de mar. de 2023

Festa Literária de Boqueirão reconhecida como Patrimônio Cultural da cidade


No ano de 2022, durante a sua 12ª edição, a Flibo ganhou um importante reconhecimento. Tornou-se Patrimônio Cultural da Cidade de Boqueirão, através do Projeto de Lei de autoria do Vereador Josinaldo Porto.

Entender o que é patrimônio cultural envolve compreender a importância da cultura para a sociedade. O conceito, inclui o conjunto do conhecimento, dos costumes, hábitos, a arte, e outros aspectos de uma dada sociedade. É uma noção que funciona como elementos identitários de um povo. 

Crônicas Felinas, de Maxwell F. Dantas

Arquivo Pessoal do autor

CRÔNICAS FELINAS - Apresentação

Primeiro, veio a Lua...

Depois, a Sol (isso mesmo: A Sol, no feminino)...

Então, em fevereiro, numa data que remetia à uma morte indelével (a da minha querida mãe), o nascimemto de Berry, Teddy, Mel e Manu, como uma intersecção do ciclo da vida, oriundos do ventre de Sol - filhotes nomeados pela minha filha Lizi.

Em seguida, Mel e Manu ganharam novos, e igualmente amorosos, lares.

Eu, Maxwell F. Dantas, oferecerei a todos que adoram os Felis Catus [nome científico dos nossos queridos gatinhos de estimação], aqui no Instagram, as CRÔNICAS FELINAS.

Irei descrever as peripécias diárias de Lua, Sol, Barry e Teddy, descrevendo as carismáticas e distintas personalidades destes adoráveis companheiros do meu dia a dia. E aproveitarei para abordar os mais variados temas (comportamento - felino e humano -, recortes do dia a dia, formas de ver o mundo, relações interpessoais, interfelinas, entre humanos e felinos, entre outros).

"Fofos", "ágeis", "divertidos", "atentos", "independentes" e, sim, "companheiros"... tudo isso já foi dito sobre os gatos e eu assino embaixo!

Andei até investindo em livros sobre gatos, assistindo documentários e observando-os com mais atenção... tudo isso para dar substância a estas crônicas que publicarei por aqui.

Espero que leiam. Se lerem e gostarem, tanto melhor. Se lerem, gostarem, curtirem e comentarem, eu sairei miando sobre os telhados da vizinhança...

LUA [quando nós é que somos os satélites]

Eu queria Acarajé... Lizi e Raquel preferiam Lua. E foi mesmo a Lua que (re)surgiu no nosso céu, pois foram 22 anos sem criar gatos; ficou uma mágoa quando Bidito me abandonou [mas isso é tema para outra crônica]. Agora, a estrela (ou satélite?) é Lua. Inclusive, no caso Desta Lua, não é ela que orbita ao nosso redor, mas sim o contrário.

Voltando à onomástica, Raquel (esposa) e Lizi (filha mais nova) venceram o processo de escolha do nome. Na verdade, para dar fim à questão, ficou: LUA ACARAJÉ MARINHO DANTAS.

Contudo, no fim das contas, quando a chamamos, dizemos "Lua... pchi uí uí uí... Ô, Lua... vem comer, Lua!...

Quando criança, e era ainda filha ... digo, gata única, Lua adorava brincar comigo《eu lançava uma bolinha de borracha em sua direção, numa trajetória crescente, e ela saía debaixo do sofá, numa arrancada digna de Ayrton Senna, e dava saltos ornamentais para pegar a bola, ou dava uma tapinha nela em pleno ar (nessa hora, a cena parecia ficar em câmera lenta - sensacional / ginástica olímpica felina).

Quando olho para Lua hoje, penso numa dama francesa do século XIX, numa intelectual abusada, na impulsividade dominada pelo estoicismo. Por exemplo: quando ela quer comer, nunca pede miando (igual aos outros três) ou chega muito perto de mim (como os outros três). Ela apenas para no umbral da cozinha e fica parada, em uma postura que parece ter saído de um livro de etiqueta [ como portar-se à mesa ]. Parece que ela sabe perfeitamente que eu sei o que ela quer. E quando rarissimamente mia nessa ocasião, o faz bem baixinho e parece até estar dizendo "eu não quero incomodar, mas você poderia colocar um pouco de ração para mim ? Ah... misturada com sachê de frango ao molho, s'il vous plaît". 

Curiosamente, Lua veio da rua (uma moça a acolheu para doação). Felizmente, nós chegamos primeiro.

À tarde, Lua vem deitar-se ao nosso lado na cama. "Mas lembrem-se: não venham mexer em mim. Eu estou aqui para dormir, assim como vocês". rsrs. Começa enroscada, termina espalhada (e às vezes dando a língua).

Quando não aguento apenas contemplar a fofura e faço cafuné, ela vai dormir no alto da estante dos livros.

Confira mais postagens do autor em seu instagram!

24 de ago. de 2022


Poeta Cordelista, Antônio Travassos Sarinho é o homenageado da 12ª edição da FLIBO.

 

A cidade de Boqueirão e a Associação Boqueirãoense de Escritores (ABES) se preparam para realizar a 12ª edição da FLIBO (Festa Literária de Boqueirão), que este ano celebra o poeta cordelista boqueirãoense Antônio Travassos Sarinho e acontece de 21 a 24 de setembro.

Sobre o autor homenageado:

Autor de mais de trezentos poemas, alguns publicados em folhetos de Cordel, Antônio Travassos Sarinho, poeta popular da cidade de Boqueirão, nasceu no ano de 1941, no Sítio Bonita, localizado entre as cidades de Caturité e Boqueirão, mudou-se ainda menino com seus pais para o Sítio Malhada, de onde guarda as melhores lembranças da infância e mocidade até completar vinte anos de idade. Filho mais velho de cinco irmãos, assumiu logo cedo as responsabilidades com a lida do campo, como o trabalho de sol a sol no roçado e a ordenha das vacas de manhã bem cedinho. E foi justamente nesse cenário, que o jovem agricultor começou a cultivar seus primeiros versos, puxando o cultivador para planar a terra, tangendo o gado para o curral no fim da tarde e observando entre uma obrigação e outra, a natureza em forma de poesia, como descreve nos versos abaixo: 

Fico admirado com a mãe natureza

Na face da terra, ela criou tudo

Um grande, um pequeno e outro miúdo

E a cada um, ela deu defesa

A uns lentidão, a outros ligeireza

As aves deu asas que é para avoar

E a formiguinha ensinou a trabalhar

Carregando folha, capim e semente

A mim ensinou a cantar repente

Nos dez de galope na beira do mar. (Antônio Travassos Sarinho)

 Esse encontro da oralidade e da escrita e toda a vivência de uma vida, pode ser descrito nos versos do Cordel, em especial na literatura popular de Antônio Travassos Sarinho, aqui apresentada.

Dentro das suas memórias, o poeta relembra das cantorias no terreiro da sua casa, no Sítio Salgadinho, município de Boqueirão, onde reunia a família e os amigos ao redor de uma fogueira num encontro com a poesia. Dona Salete, sua esposa, o acompanhava com o violão, alguns sanfoneiros da região davam o tom e seu cunhado, Eronides Cordeiro Leal (irmão mais velho de sua esposa), chamava os versos. E aquela que seria uma reunião entre familiares e vizinhos, transformava-se num encontro de poetas de vários recantos do Nordeste, demonstrando o quanto a poesia passou a dividir espaço com o roçado, o terreiro e com o curral.

Sobre a FLIBO:

A Flibo é conhecida por ser a pioneira, neste formato de festival literário, na Paraíba. Com foco na formação de leitores, acontece sempre no segundo semestre do ano, para que as escolas se prepararem para participarem da programação da festa literária, que inclui palestras, bate-papo com autores, oficinas, minicursos, contação de histórias, apresentações culturais (música e teatro) e saraus poéticos.

As atividades acontecem nas escolas durante o dia e a noite na Praça da ABES, que recebe estandes para vendas de livros e artesanato local.

São quatro dias em que a “Cidade das Águas”, se torna também a “Cidade das Rimas e Letras” e recebe um público oriundo de várias partes do Brasil, movimentando a economia local, hotéis e restaurantes.

As escolas participam na FLIBINHO no espaço “Minha Escola na FLIBO”, com homenagens a vários autores infanto-juvenis, além do autor homenageado. Em 2019, na última edição presencial, a FLIBO contou com a participação de escolas não apenas da cidade de Boqueirão, mas também de Campina Grande, Cabaceiras, São Domingos do Cariri, Caturité e Queimadas, totalizando cerca de cinquenta apresentações.

Para este ano, a coordenação está mobilizando as escolas públicas e particulares em parceria com a Secretaria de Educação do município.

Sobre a Programação da 12ª edição.

Tradicionalmente, na quarta-feira acontece a abertura oficial do evento com uma Marcha Literária pela manhã, percorrendo as principais ruas da cidade, com alunos desfilando acompanhados pelas bandas marciais, anunciando que a FLIBO vai começar.

O tema da FLIBO deste ano é “Onde mora a poesia”, que terá como palestrante de abertura a professora Joseilda Diniz, Curadora no Museu de Arte Popular da Paraíba - MAPP/UEPB e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). A Programação ainda não foi definida, no entanto, alguns nomes já estão sendo cotados para participar de palestras e oficinas, como é o caso do Professor de Literatura da UFCG Hélder Pinheiro, que fará palestra sobre a BNCC e o Ensino de Literatura; Tiago Germano e Débora Ferraz, que ministrarão oficina de Escrita Criativa, como também o lançamento do livro Anayde Beiriz: a última confidência e bate-papo com a autora, Valeska Asfora.

A FLIBO é realizada pela ABES em parceria com a Prefeitura Municipal de Boqueirão, Governo do Estado, FUNESC, IFPB, UFCG e UEPB.

 


Escritora boqueirãoense, Mirtes Sulpino, entra pra Academia de Letras de Campina Grande

A escritora boqueirãoense Mirtes Waleska Sulpino (@mirtes_sulpino), foi eleita para ocupar a cadeira de número 25 da Academia de Letras de Campina Grande (@academiadeletrascg), que tem como Patrono o escritor, radialista e compositor Rosil Cavalcante.

Mirtes Sulpino é professora de História, escritora com livros publicados no gênero poesia e literatura infantil. É membro fundadora da ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores), idealizadora e uma das coordenadoras da Flibo (@fliboparaiba).

Novos acadêmicos eleitos para a ACADEMIA DE LETRAS DE CAMPINA GRANDE:

Cadeiras
03 — Patrono Anésio Leão
Eleita: Cibele Laurentino

13 — Patrono Félix Araújo
Eleito: Félix Araújo Filho;

14 — Patrono Hortênsio Ribeiro
Eleito: Tarcísio Bruno Luna;

15 — Patrono Irineu Joffily
Eleito: Antonio Clarindo Barbosa;

20 — Patrono Luiz Gil de Figueiredo
Eleito: Jessier Quirino;

21 — Patrono Manoel de Almeida Barreto
Eleito: Flávio Ramalho de Brito;

25 — Patrono Rosil Cavalcanti
Eleita: Mirtes Sulpino 20 votos;


31 — Patrono Argemiro de Figueiredo
Eleito: Erik Brito;

33 — Patrono Figueiredo Agra
Eleito: Francisco Assis Barbosa Jr;

34 — Patrono Paulo Pontes
Eleita: Iêda Lima;

36 — Patrono Raymundo Asfora
Eleito: Mário Vinicius Carneiro.

30 de jun. de 2022

Boqueirão receberá em julho, a Caravana Agosto das Letras 2022



O projeto integra o calendário anual da Funesc e tem como proposta favorecer, cultivar e incentivar a leitura, principalmente entre crianças e jovens, além de proporcionar atividades culturais e popularizar os nomes, obras e histórias de grandes escritores, especialmente os nordestinos, para um público diverso. Este ano, as atividades percorrerão as cidades de Pilar, Boqueirão, Taperoá, Teixeira, Sumé e Coremas entre os meses de julho e agosto.

Homenagem a Chica Barrosa - A Caravana Literária Agosto das Letras 2022 homenageia a repentista Chica Barrosa, conhecida como A Rainha Negra do Repente. Cantadora e Violeira. Era filha de João Francisco dos Santos e Josefa da Conceição Silva, escravos alforriados. Morreu assassinada na cidade de Pombal após uma discussão por causa de um relacionamento amoroso. Segundo o escritor Câmara Cascudo, “grande cantadeira sertaneja, gabada como a primeira lutadora de seu sexo que enfrentou os nomes mais ilustres da cantoria. Seus desafios correm mundo, despertando aplausos. O seu embate mais célebre foi com o fazendeiro cearense Manuel Martins de Oliveira, conhecido como Neco Martins, de São Gonçalo do Amarante. Embora vencida, improvisou magnificamente, deixando forte impressão entre os cantadores. Seu nome foi imortalizado nos sertões da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Fonte: https://paraiba.pb.gov.br/noticias/funesc-lanca-edital-para-selecionar-propostas-da-caravana-agosto-das-letras-2022.

20 de out. de 2021



Celebrado em 20 de outubro, o Dia do Poeta foi criado em razão do Movimento Poético Nacional, que surgiu na mesma data, em 1976, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia.

Menotti Del Picchia foi um dos articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922. Redator do Correio Paulistano, pôs a sua coluna à disposição dos interesses revolucionários de 22.

O autor abriu a segunda noite a mais importante e a mais tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo a criação de uma arte genuinamente brasileira.

Em 1924, Menotti criou, junto com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e Guilherme de Almeida, o Movimento Verde e Amarelo, como reação ao tipo de nacionalismo defendido por Oswald de Andrade.

Fontes: BN e E-Biografias